Publicada em 14/12/2008
Rogério Verzignasse
Grupo de canto lírico faz 27 anos
Abal nasceu do protesto de artistas campineiros por espaço
ROGÉRIO VERZIGNASSE
rogerio@rac.com.br
Alcides Acosta, matogrossense de Corumbá, cresceu encantado com a voz da mamãe Deolinda, que fazia parte do coral da igreja. No começo da década de 50, o garoto era vidrado no Mário Lanza, tenor norte-americano que fez sucesso no cinema no papel do italiano Enrico Caruso, o maior intérprete da música erudita de todos os tempos. Ele veio para Campinas moço, interessado em estudar Direito. Para pagar as contas na pensão, arrumou emprego de rádio-escuta em 1963, na redação do Correio Popular, na época comandada por Carlito Tôntoli. Depois, virou repórter e redator. Ah, mas e a música? Bom, num belo dia, ele estava sentado no banco da Praça Carlos Gomes quando ouviu a voz potente de um cantor que vinha de uma casa da Rua Boaventura do Amaral.
Acosta descobriu que ali, ao lado do jardim, ficava a escola de canto da Tiana Amarante. Não pensou duas vezes. Se matriculou e se entregou aos ensaios. Em 1970, quando
Em 1981, chateado com a falta de espaço estruturado para os ensaios, ele liderou a campanha "
Nascia naquela noite a Associação Brasileira Carlos Gomes de Artistas Líricos (Abal). O nome do maestro ilustre, no meio da razão social, servia para diferenciar o grupo campineiro da Abal carioca, que já existia. Os recitais duram até hoje. Em 27 anos de história, o grupo passou por várias casas. Começou na Sala Carlos Gomes, ali mesmo no Convivência. De lá, se mudou para o Salão Vermelho da Prefeitura, Jockey Club, Cultura Artística, Centro Cultural Evolução, Palácio dos Azulejos, Estação Cultura.
No começo do governo atual, a Abal ganhou um prêmio: voltou a ocupar a sala original, no CCC, que hoje tem 140 poltronas. Os recitais agora são quinzenais. O próximo vai acontecer dia 19, exatamente para comemorar o aniversário do grupo.
Acosta, na biblioteca de casa, guarda algumas preciosidades. Ele tem a placa original da inauguração oficial da sede, que ocorreu em setembro de 1982, durante o governo de José Nassif Mokarzel. Tem também cartazes de apresentações marcantes da Abal,
Alguns nomes da lista de fundadores da Abal ainda vivem na cidade. Gente
Aos 65 anos, Acosta tem dois sonhos. O primeiro é devolver à sala de ensaio aquela charmosa placa de inauguração em bronze que ele guarda na estante de casa. O outro é tornar popular, entre os campineiros, a obra do maestro ilustre. Filho da terra, diz, muito respeitado lá fora, Carlos Gomes compôs muitas óperas, modinhas e canções que a maior parte dos conterrâneos desconhece. A cidade precisa, na sua opinião, despertar na garotada o orgulho pelo maestro.
Saiba mais
As pessoas interessadas em saber mais sobre a Abal e tiverem interesse em acompanhar os recitais podem entrar em contato pelo e-mail alcides.acosta@uol.com.br.
Aqui eu coloco comentários do meu dia a dia, coisas legais que vou achando pela Internet.
Sunday, December 14, 2008
ABAL - 27 anos
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